O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas, que
inclui micro-organismos tais como as leveduras, os bolores, bem como os mais
familiares cogumelos.
Os
fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e bactérias.
Uma grande diferença é o fato de as células dos fungos terem paredes celulares
que contêm quitina, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. A
disciplina da biologia dedicada ao estudo dos fungos é a micologia, muitas
vezes vista como um ramo da botânica, mesmo apesar de os estudos genéticos
terem mostrado que os fungos estão mais próximos dos animais do que das
plantas.
Características similares:
Como os animais: os fungos carecem de cloroplastos e são
organismos heterotróficos, requerendo compostos orgânicos preformados como
fontes de energia.
Como as plantas: os fungos possuem uma parede celular e
vacúolos. Reproduzem-se por meios sexuados e assexuados, e tal como os grupos
basais de plantas (como os fetos e musgos).
Em comum com algumas espécies de plantas e animais, mais de
60 espécies de fungos apresentam bioluminescência.
Caraterísticas únicas:
Algumas espécies crescem como leveduras unicelulares que se
reproduzem por gemulação ou por fissão binária. Os fungos dimórficos podem alternar
entre uma fase de levedura e uma fase com hifas, em função das condições
ambientais.
A parede celular dos fungos é composta por glicanos e
quitina; enquanto os primeiros são também encontrados em plantas e a última no
exosqueleto dos artrópodes, os fungos são os únicos organismos que combinam
estas duas moléculas estruturais na sua parede celular. Ao contrário das
plantas e dos Oomycetes, as paredes celulares dos fungos não contêm celulose.
Diversidade
Os fungos têm uma distribuição mundial, e desenvolvem-se
numa grande variedade de habitats, incluindo ambientes extremos como desertos
ou áreas com elevadas concentrações de sais ou radiações ionizantes, bem como em
sedimentos de mar profundo. Alguns podem sobreviver às intensas radiações
ultravioleta e cósmica encontradas durante as viagens espaciais.
Estão descritas formalmente pelos taxonomistas cerca de 100
000 espécies de fungos, mas a biodiversidade global do reino dos fungos não é
totalmente compreendida. Com base em observações do quociente entre o número de
espécies de fungos e o número de espécies de plantas em ambientes selecionados,
estima-se que o reino dos fungos contenha cerca de 1,5 milhões de espécies. Em
termos históricos, em micologia, as espécies têm sido distinguidas por vários
métodos e conceitos. As espécies podem também ser distinguidas pelas suas
caraterísticas bioquímicas e fisiológicas, tais como a sua capacidade para
metabolizar certos compostos bioquímicos, ou a sua reação a testes químicos. O
conceito biológico de espécie discrimina as espécies com base na sua capacidade
de acasalamento. A aplicação de ferramentas moleculares, como a sequenciação de
ADN e a análise filogenética, no estudo da diversidade melhorou
significativamente a resolução e aumentou a robustez das estimativas da
diversidade genética nos vários grupos taxonómicos.
Reprodução assexuada
A reprodução assexuada por meio de esporos vegetativos
(conídios) ou através da fragmentação do micélio é comum; ela mantém populações
clonais adaptadas a um nicho ecológico específico e permite uma dispersão mais
rápida do que a reprodução sexuada. Os fungi imperfecti ou Deuteromycota
(fungos que não apresentam estágio sexuado) incluem todas as espécies que não
possuem um ciclo sexual observável.
Reprodução sexuada
A reprodução sexuada com meiose existe em todos os filos de
fungos, exceto Glomeromycota. Difere da reprodução sexuada de animais e
plantas. Existem também diferenças entre grupos de fungos, as quais podem ser
usadas para discriminar espécies em função de diferenças morfológicas nas
estruturas sexuais e das estratégias de reprodução. Experiências de
acasalamento entre isolados de fungos podem identificar espécies com base no conceito
biológico de espécie. Os principais agrupamentos de fungos foram inicialmente delineados
com base na morfologia das suas estruturas sexuais e esporos; por exemplo, as
estruturas portadoras de esporos, ascos e basídios, podem ser usadas na
identificação de ascomicetes e basidiomicetes, respetivamente. Algumas espécies
permitem o acasalamento apenas entre indivíduos de tipo reprodutor oposto,
enquanto noutras podem acasalar e reproduzir-se sexuadamente com qualquer outro
indivíduo ou com eles mesmos. As primeiras dizem-se heterotálicas e as segundas
homotálicas.
A maior criatura do planeta foi descoberta apenas em 1996:
um fungo que cresce sob o solo da Floresta Nacional de Malheur, no Estado do
Oregon, Estados Unidos.
Esse Armillaria ostoyae, popularmente conhecido
como "cogumelo do mel", nasceu como uma partícula minúscula,
impossível de ser vista a olho nu, e foi estendendo seus filamentos durante um
período estimado de 2 400 anos. Da superfície, dá para ver apenas suas extremidades
junto aos troncos das árvores, mas debaixo da terra ele ocupa 880 hectares - o
equivalente a 1 220 campos de futebol. "Ele ainda cresce de 70 centímetros
a 1,20 metro por ano", diz o engenheiro agrônomo João Lúcio de Azevedo, da
USP. Antes de sua descoberta, o maior ser vivo era outro fungo da mesma
espécie, encontrado em 1992. Até os anos 90, o título pertencia a uma árvore
sequóia da Califórnia.
fonte: www.mundoestranho.com.br e www.wikipedia.com