quarta-feira, 30 de julho de 2014

Filo Platyhelminthes: Vermes achatados


Os platelmintos são vermes de corpo achatado dorso-ventralmente (platy= chato; helminto= verme), com simetria bilateral (aparece pela primeira vez na escala evolutiva). Existem aproximadamente 20 mil espécies descritas de platelmintos. Podem ser parasitas ou de vida livre, estes podendo ocorrer nos mares, água doce ou em ambientes terrestres úmidos. Como parasitas de seres humanos podemos citar a tênia e o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. Outros animais também podem ser parasitados como o boi, o porco, os cachorros, gatos, etc. O corpo pode ou não possuir uma segmentação. A maioria das espécies são monóicas.

Embriologia

São acelomados (não possuem celoma) e triblásticos (possuem os três folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme e endoderme). Possuem simetria bilateral.
A ectoderme dá origem ao revestimento externo, a mesoderme dá origem à musculatura e ao parênquima, que é um tecido que preenche todo o espaço entre o intestino e a parede do corpo. A endoderme dá origem ao intestino e seu revestimento.

Tegumento

Os platelmintos possuem um epitélio simples, sendo a epiderme formada por uma camada simples de células. As espécies parasitas apresentam uma cutícula de proteção e, em alguns casos, ventosas para fixação. Alguns apresentam cílios na região ventral, para fins de locomoção. Podem possuir células mucosas, que produzem lubrificação para facilitar a locomoção.

Digestão

Os sistema digestório dos platelmintos é incompleto, ou seja, a boca é a única abertura para o exterior, não possuindo ânus. A digestão pode ser intra ou extracelular. O intestino é bastante ramificado, o que facilita a distribuição do alimento digerido. O que não é utilizado na digestão é eliminado pela boca.  As planárias possuem a boca na região ventral e uma faringe protátil (exteriorizada), o que facilita a captação de alimento, sugando.
As tênias não possuem sistema digestório, se alimentam por difusão, absorvendo os nutrientes pré-digeridos do hospedeiro.

Respiração

Não possuem sistema respiratório, e as trocas gasosas são feitas pela epiderme, por difusão. Este tipo de respiração recebe o nome de tegumentar ou cutânea e ocorre nas espécies de vida livre, pois as parasitas fazem respiração anaeróbia.

Circulação

Os platelmintos não possuem sistema circulatório. O alimento digerido é enviado para as células por difusão, graças a um intestino bem ramificado, pois ele é gastrovascular.

Excreção

São os primeiros animais a apresentar sistema excretor: o protonefrídio, que é formado por vários túbulos excretores com células-flama. As células-flama são fundamentais neste sistema excretor. Apresentam vários flagelos que promovem a movimentação dos fluidos, fazendo com que eles sejam muito bem filtrados.
Os resíduos caem em um sistema de ductos ou túbulos, que se abrem para o exterior através de estruturas chamadas nefridióporos, que são poros excretores. Estes poros situam-se na superfície dorsal do corpo, lateralmente.

Esqueleto

Não possuem esqueleto.

Sistema Nervoso

Apresentam um processo chamado cefalização, ou seja, uma cabeça com estruturas nervosas e sensoriais. O sistema nervoso dos platelmintos é chamado ganglionar, formado por dois gânglios nervosos, que estão ligados a dois cordões nervosos ventrais e longitudinais, que são ligados por comissuras transversais e que percorrem toda a região ventral, até a parte posterior do verme.
As planárias de água doce possuem dois ocelos na região da cabeça, estruturas foto-receptoras. Estas estruturas não são capazes de formar imagens, apenas perceber luz.
Nas aurícolas, regiões laterais da cabeça, estão presentes células quimiorreceptoras, capazes de perceber várias substâncias químicas que se encontram dissolvidas na água.

Musculatura


A musculatura é do tipo lisa, que favorece a movimentação e locomoção do animal, podendo ter a colaboração de cílios, caso estejam presentes. Essa musculatura lisa forma o túbulo músculo-dermático, que é uma unidade funcional com a pele.

fonte: sobiologia.com.br

Tecido Nervoso

O tecido nervoso é o responsável pela troca de informações rápidas nos animais. É um tecido bastante importante, pois sem ele não seria possível comandar as diversas partes do organismo de forma rápida e eficiente.

O tecido é composto por neurônios  (ou células nervosas), que são células especializadas na condução de impulsos elétricos. Essa célula é dividida em três partes distintas:

Corpo celular: é a parte onde ficam o núcleo e diversas organelas, como mitocôndrias, que irão produzir algumas substâncias importantes e energia para o funcionamento correto da célula.

Dendritos: são várias pequenas ramificações que saem do corpo celular, e funcionam como “antenas”, para captar sinais elétricos e retransmití-los através do axônio. 

Axônio: é uma grande extensão do corpo celular, que se conecta à outros neurônios ou à células de outros tecidos, como músculos, glândulas, etc. Em torno do axônio geralmente são formadas as “bainhas de mielina”, compostas de células especializadas chamadas de “células de Schwann”, que são envoltórios contendo material lipídico. Essa bainha faz com que o transporte de impulsos elétricos seja mais rápido. Alguns axônios podem ultrapassar 1 metro de comprimento.

Os neurônios podem ser divididos em três tipos:

Neurônios receptores

São os neurônios encarregados de captarem informações diretamente das células sensoriais, como aquelas que compôem a retina (olho), o ouvido, tato, a língua, etc. Essa captação é feita utilizando os dendritos.

Neurônios de conexão ou mistos

Fazem a conexão entre dois neurônios. Recebe informação pelo dendrito, e a repassa à célula nervosa seguinte usando o axônio. Esse tipo é o mais encontrado nos sistemas nervosos animais.

Neurônios efetores

São os neurônios que recebem as informações do cérebro (as respostas aos estímulos captados pelos neurônios receptores) e as repassam para os músculos, glândulas, etc.

Exemplo:
Ao encostar com a ponta do dedo em uma agulha, as células sensoriais presentes na pele do dedo captarão essa “espetada”, e transmitirá essa informação para o cérebro, utilizando-se dos neurônios receptores e de conexão. O cérebro irá processar a informação e irá dar uma ordem para que o músculo responsável pelo dedo se contraia, a fim de eliminar o perigo de ser perfurado. Essa última parte é feita pelos neurônios efetores.

Nervos


Os nervos são vários agrupamentos de feixes de axônios e dendritos. Em torno dos axônios existem a bainha de mielina, coberta pela bainha de Schwann e ainda outra camada de tecido conjuntivo chamada de endoneuro. Esses feixes são envolvidos por outra camada de tecido conjuntivo, chamada de perineuro. Vários feixes paralelos formam o nervo. O nervo, por sua vez, é coberto pelo epineuro, também de células conjuntivas.
Podem ser chamados de Nervos Cranianos quando partem diretamente de algum órgão nervoso da cabeça (cérebro, cerebelo), e de Raquidianos quando iniciam na medula espinhal.

fonte: infoescola.com